Desta vez fomos até outra cidade vizinha, Santa Cruz do Sul. Uma viagem em torno de 30km num percurso que é basicamente plano mas possui uma boa altimetria na entrada/saída da cidade.
A maior parte do trecho tem acostamento e o único local que nos exigiu mais atenção foi chegando próximo da cidade. Lá a pista foi duplicada e, como em muitos locais, o acostamento foi deixado pra lá e na borda da pista há aquelas muretas metálicas(guard rail). Ou seja, fomos nós, a mureta e os veículos espremidos por ali. Tanto que o Robson raspou o alforge dele na mureta pra tentar se manter o mais à direita possível. Fora isso, tudo certo.
Nossa ideia foi passar a noite em um hostel da cidade e voltar no outro dia para casa. Saímos em torno de umas 7:30 pedalando sem muita pressa e chegamos lá por volta de 10:30. O chek in do hostel deveria ser feito depois das 13:00, então aproveitamos o tempo pra descansar, tomar uma água e conversar um pouco em baixo da sombra das árvores.
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Detalhe da parede hostel |
Às 13:00 fomos até o hostel Cazco pra fazer o check in, tomar um necessitado banho e fazer nosso almoço. Em um hostel a cozinha é compartilhada, ou seja, cada um é responsável pela sua comida e pela limpeza dos utensílios e louças. O que pra nós é bom porque não precisamos ficar "pesquisando" o que vamos ou não comer.
Nosso almoço foi um prato muito complexo e elaborado que você talvez não conheça chamado "macarrão com molho de tomates". Fácil, rápido, saboroso e barato de fazer. Levamos todos os ingredientes junto e foi só cozinhar e mandar pra dentro.
Durante a tarde tomamos um chimarrão e batemos um papo com a Priscila que trabalha lá, depois fomos até um supermercado próximo para comprar alguma coisa pra janta. Pegamos um pacotinho de cogumelos desses em conserva, tomate, uns pãezinhos e encontramos um tofu com um bom preço. Voltamos pro hostel e fizemos um refogado com esses ingredientes pra comer com os pães.
Hora de organizar tudo para partir no outro dia de manhã.
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Arte dentro do hostel |
Depois disso até rolou um papo com um dos responsáveis do local sobre ter mais opções pra atender a galera que não consome animais e seus derivados. Ele comentou que essa era uma preocupação que tinha e que estava buscando alternativas que sejam de fácil implementação. A gente deu a ideia de buscar um fornecedor externo que facilitasse o processo. Tomara que dê certo. Assim ganha o lugar e os animais também.
Bom, hora de colocar as bagagens nas bikes e voltar pra casa. A subida da saída da cidade não foi fácil mas depois disso encontramos o plano novamente e até nos permitimos sair da rodovia e pegar uma estrada de chão batido que dá acesso a Venâncio Aires.
Em casa, a gente bateu um papo sobre a questão de muitos estabelecimentos ainda não terem opções que se adequem ao veganismo e que isso na verdade não chega a ser um problema. Quer dizer, é um grande problema para os animais, mas a gente chegou na conclusão de que usar isso como desculpa para não considerar o veganismo não é uma alternativa válida.
Durante o trajeto vimos vários caminhões com animais. Galinhas principalmente. Abarrotadas em caixotes, umas em cima das outras num calor extremo indo direto para um abatedouro.
Se formos comparar o fato de não ter algo que você queira numa padaria, por exemplo, com o quanto que os animais sofrem até chegarem numa prateleira, esse "problema" se torna bastante insignificante.
E aí fica a pergunta: Levar uma vida alinhada ao veganismo é fácil ou difícil? A resposta pra isso a gente conversa no vídeo abaixo e depende do que colocamos em primeiro lugar. Se são nossas vontades ou a vida dos animais.
Até mais, pessoal. Segue com a gente e tudo de muuve pra vocês!
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